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A Casa Real dos Euripôntidas da Lacedemônia

Dinastia reinante de Esparta | Trono de Castor | 2008 - 2025

Héracles – Lélex – Eurotas – AristodemoProcles – Soos – Euriponte – Prítanis – Êunomo – Polidectes – Carilau – Nocandro – Teopompo – Anaxandrites – Aquídamo -Anaxilau – Leotíquides – Hipocrátides – Aríston – Demarato – Leotíquedes II – Arquídamo II – Ágis II – Agesilau II – Arquídamo III – Ágis III – Eudâmidas – Arquídamo IV – Eudâmidas II – Ágis IV – Eudâmidas III – Arquídamo V – Euclidas – Licurgo – Pélops – Kassandra

Os Euripôntidas da Esparta Clássica

A história mítica conta que Aristodemo, após conquistar a Lacônia, faleceu antes de assumir o trono, deixando seus filhos gêmeos como herdeiros. Surgiu então um dilema: qual dos gêmeos deveria ser o rei? Nem mesmo a mãe, Argeia, sabia (ou dizia não saber) qual era o primogênito, pois desejava que ambos fossem reis. Os espartanos consultaram o oráculo de Delfos, que confirmou o desejo da mãe: ambos deveriam ser reis, mas o mais velho deveria receber maior honra.
 
Ainda perplexos sobre como determinar o mais velho, os espartanos foram aconselhados por um messênio a observar qual dos gêmeos a mãe lavava e alimentava primeiro. Descobriram que era Eurístenes. Ele foi, portanto, reconhecido como o rei sênior, fundador da dinastia Ágida (nomeada após seu filho Ágis). Procles tornou-se o rei júnior, fundador da dinastia Euripôntide (nomeada após seu filho Euriponte). Assim começou a diarquia de Esparta.
 
Esta narrativa mítica estabelece claramente a superioridade da linhagem Ágida, enquanto afirma a legitimidade de ambas as dinastias como descendentes de Héracles. A ancestralidade divina era importante, pois Héracles era filho de Zeus. Os reis espartanos eram, portanto, considerados semideuses, com direito a honras divinas.

Os Euripôntidas da Esparta Restaurada

O Trono de Castor, reservado aos reis da Dinastia Euripôntide, permaneceu vago desde a refundação da Cidade-Estado até o final de 2009, quando a chefia da Casa, seus direitos e estilos foram entregues à rainha eleita pelo povo de Esparta durante o histórico Conclave de Ares.

Quando adotou o nome régio de Kassandra dos Euripôntidas, Kehsia já se destacava pela dedicação à causa micronacional e à defesa fervorosa do ideal espartano. De certa forma, a atuação da micronacionalista complementava o reinado de Ágis V, e o próprio Diarca dos Ágidas advogava pela escolha de seu nome para ocupar o segundo trono da Acrópole.

Diferentemente de Ágis V, Kehsia era uma esparciata nata, sem experiência anterior no micronacionalismo. Ela chegou à Pólis após uma campanha promovida pelo então Eforato da Ordem—hoje Eforado do Interior—nas redes sociais, com o objetivo de “encontrar esparciatas, onde quer que estejam”. Dos cerca de quinze candidatos atraídos, cinco permaneceram; entre eles estava Kehsia.

Logo após conquistar a cidadania espartana, Khesia decidiu retornar ao Templo de Héstia como Vestal. Sob a tutela de Anna Carolin, Rainha Consorte dos Ágidas, Khesia desempenhou papel fundamental na preparação e orientação dos futuros cidadãos. Sua atuação como mentora criou laços profundos que seriam decisivos para sua eleição ao Trono de Castor no ano seguinte.

Em agosto de 2009, quando convocado o Conclave de Ares, os cofundadores da pólis, B. Queiroz e H. Diógenes, eram vistos como os candidatos naturais à liderança da dinastia Euripôntide. Contudo, Khesia destacou-se intensamente, sobretudo em sua defesa intransigente de Esparta contra críticas abertas feitas pela Igreja Católica Micronacional, que rejeitava o helenismo espartano e as políticas progressistas da Pólis, como o casamento igualitário e a cidadania universal—pilares essenciais desde sua criação.

Em 28 de agosto de 2009, na mensagem nº 1728 da lista oficial da pólis, Khesia tornou-se Kassandra I, primeira Rainha Euripôntide da Esparta Restaurada, eleita por ampla vantagem. Junto à Coroa dos Euripôntidas, recebeu também o título honorífico de Princesa de Arcádia.

Rainha perpétua

A primeira Constituição Espartana previa originalmente a reconfirmação do direito às coroas a cada dois anos. Em 2011, após decisão da Gerúsia que inicialmente contemplava apenas a dinastia Ágida, foi decretada a perpetuidade das dinastias estabelecidas. Seguindo esse precedente, Kassandra I foi proclamada monarca perpétua de Esparta por meio da Nomos Esparciata nº 05/11, oficializada pela Gerúsia durante as comemorações de seu aniversário.

O período de reinado da Diarquia, com Rei e Rainha descendentes das Dinastias Sagradas ligadas a Hércules, transcorreu em harmonia e colaboração mútua, sem conflitos que ultrapassassem as muralhas da Acrópole.

A Pitonisa

Em 2010, aproximadamente um ano após sua coroação, a Rainha recebeu do Pai Fundador da Pólis seu Epíteto Heroico, a honra máxima concedida na Pólis Sagrada. O título escolhido refletia tanto a importância simbólica para Esparta quanto a atuação espiritual e consultiva da própria Kassandra.

Semelhante à Pitonisa de Apolo em Delfos, frequentemente consultada para orientar decisões estatais, a Rainha utilizava um baralho grego para estabelecer contato com os deuses. Muitas das decisões cruciais da Pólis entre 2009 e 2011 tiveram influência direta do oráculo conduzido por Kassandra. Por sua relevância, tornou-se oficialmente Kassandra I dos Euripôntidas, Pitonisa de Esparta.

O exílio

Em 2012, durante um período de declínio da atividade micronacional, Kassandra afastou-se da Pólis e não mais retornou à vida pública ativa. Desde então, o Trono de Castor permanece vazio e a ala leste do Palácio de Lélex segue lacrada. Como é tradição espartana, os escudos dos Euripôntidas estão cobertos por véus em todos os espaços públicos e privados.

Ainda que distante, a Rainha acompanha os rumos da Esparta Restaurada. No início de 2025, em um ato simbólico que marcou sua primeira aparição pública desde 2012, Kassandra I assinou com Ágis V o Dogma Lacedemônio que instaurou a Tyrania da Era de Mnemosine. O povo de Esparta aguarda ansiosamente o pleno retorno de sua rainha.

A dinastia

A Rainha Kassandra

Khesia é fotógrafa e atriz. Sua jornada micronacional teve início no Templo de Héstia, em Esparta. Como representante da Diarquia junto ao governo da Comunidade Livre de Pasárgada, garantiu a soberania espartana durante o período em que a pólis integrou aquela comunidade como um dos seus cantões.

Foi nesse papel diplomático que Kassandra conheceu Igor Lazaro, posteriormente elevado a Arquiduque de Argos pela própria Rainha. A relação, fortalecida tanto no âmbito micronacional quanto na vida real, levou ao casamento e ao nascimento, em 2016, de seu único filho, Dámon, Príncipe de Esparta. Dámon é, até o momento, o único príncipe Euripôntide reconhecido pela micronação.

Em abril de 2025, Dámon completou nove anos. Segue crescendo como uma criança inteligente, criativa e educada, profundamente feliz ao lado da mãe, a Rainha Kassandra I. Um dia, Dámon assumirá seu papel histórico na continuidade da Dinastia Euripôntide, guiando Esparta rumo ao futuro.