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Sobre memória, afeto e saudade | Mensagem pelo 1º ano da apoteose de Sua Germânica Majestade Imperial, Willherm III, meu amigo Bruno

Diarchía tīs Spártīs

Póli-Krátos – Akrópoli ton Thronon

 

Pólis Sagrada, 27 dia do Anthesterion do 4º ano da 700ª Olimpíada,

 

O dia de ontem foi cinzento na pólis sagrada, que permaneceu envolta em uma atmosfera de quietude e luto. Nem mesmo os céus se dignaram a mover as nuvens que pairavam sobre a cidade, como se compartilhassem da imobilidade solene que reinava sobre a Acrópole. Dali, é possível ver o Centro Histórico, usualmente repleto de peregrinos e viajantes que visitam as ruínas da acrópole ancestral e buscam o santuário ancestral de Ártemis Orthia para entregar preces e oferendas. No entanto, ao longo do dia, o vazio imperou. A própria Acrópole dos Tronos, despida de seus estandartes, parecia lamentar em silêncio, enquanto apenas as bandeiras de Esparta e da Alemanha, a meio mastro, se permitiam algum movimento. Nenhum rumor de passos, nenhum brado dos templos. Apenas o silêncio, absoluto e reverente.

Em cada lar, de Oitylo a Karyes, cada esparciata prestou tributo, derramando vinho, mel e azeite sobre o fogo sagrado, unindo-se em um só gesto de honra e memória. Estávamos todos unidos, evocando a passagem de um amigo que, cedo demais, deixou este mundo para, em apoteose, atravessar os Campos Elísios e alcançar a Ilha dos Bem-Aventurados, onde os heróis repousam sob o olhar benevolente dos deuses.

Agora, ao término deste dia consagrado à reflexão, quando a carruagem de Apolo cede seu lugar ao manto da noite, presto minha homenagem àquele que, para a pólis, foi mais do que um aliado: Guilherme III da Alemanha, um padrinho dileto, sem o qual esta nação jamais teria tomado forma. Nos idos da década de 2000, quando Esparta ainda era um sonho incipiente, foi ele quem ajudou a traçar as fundações deste projeto. Naquele tempo, o imperador despontava como a base sobre a qual se construíam relações internacionais duradouras que, dez anos mais tarde, estariam consolidadas em uma visão geopolítica se consolidariam em uma visão geopolítica abrangente, sustentáculo do micromundo.

Minha adoção em sua augusta dinastia, em 2017, que me elevou entre nomes que admirava e admiro pelo brilhantismo, veio justamente por compartilharmos esta visão de micromundo, mas também pela amizade que construímos em longas madrugadas de planos, ideias e jogos de grande estratégia, mais uma de nossas paixões em comum. Tê-lo como amigo e confidente foi uma dádiva; tê-lo como conselheiro, um enorme privilégio.

Passado um ano desde sua ascensão ao convívio dos imortais, a dor da perda se mistura ao júbilo de ter compartilhado parte de sua jornada. Enquanto divido meu tempo entre Esparta e Alemanha, espero ser capaz de fazer jus à sua confiança, ao seu legado e, sobretudo, à nossa amizade. Hoje e sempre, trataremos, todos nós que fomos tocados pela sua existência, de seguir seus passos, carregar sua obra. Juntos, não só na Alemanha ou em Esparta, que sempre lhe prestará tributos, mas em todo o micromundo lusófono, tenho certeza, manteremos sua memória viva.

 

Que a eternidade te entregue sem demora as glórias que fez por merecer.

 

Sua Majestade Real
Ágis V Hohenzollern-Ágide
RODERICK EGON MARIANUS
VON HOHENZOLLERN-PELLEGRINI UND DER AGIADEN

Rei da Pólis, Diarca de Esparta, Senhor do Trono de Póllux,
Pai Fundador da Polis e Príncipe do Peloponeso,
Duque de Rümmingen, Conde dos Ágidas, Barão de Redange e de Sonthofen etc
Ceryx de Atena Chalkioikos e Zeus Ouranios