DIARQUIA DEMOCRÁTICA DE ESPARTA
Comunicado ao Micromundo
Como quase todos sabemos, em seu nascedouro, Esparta era membro independente de um projeto chamado “Império de Pacífica”, ou apenas “União”. O plano inical era transformar a União em algo parecido com a União Européia, um grupo de países cooperando mutuamente para um objetivo comum: a glória e sobrevivência de cada um dos Estados Membros.
Antes mesmo da fundação de cada um dos Estados Membros (incluindo Esparta), alertamos para o fato de não haver nenhum projeto micronacional de fato que não fosse o nosso. Enquanto tínhamos uma concepção detalhada e desenvolvida por anos até o dia da efetiva fundação, os demais Estados Membros apresentavam apenas nomes de cidades, referenciais culturais imprecisas e nenhum traço que os diferenciassem entre si e com o resto do Micromundo.
Acreditando na viabilidade do projeto, Esparta colocou sua própria existência à prova. Propomos uma votação para ativar apenas dois Estados. Assim garantiríamos diferenças pelo menos dentro da união. Não fomos escutados e a maioria decidiu fundar os quatro Estados: Valência, Habsburg e Monte Real, além de Esparta.
Exposição dos fatos presentes
Dois meses após a fundação de Esparta, temos um óbvio crescimento e uma atividade séria, constante e comprometida. Os demais Estados da União não tomaram o mesmo rumo.
O Reino de Valência, que na ocasião de sua ativação prometia a vinda de todos os microclérigos, não recebeu nenhum. Não conseguimos constatar real apoio da microigreja, afundando o projeto logo em seu nascedouro. O Reino de Habsburg experimentou alguma atividade inicial, mas sem a adesão oficializada e formalizada de todos os seus membros, caiu na inatividade.
Monte Real resume-se hoje ao projeto França, um de seus baronatos – e único ativo – liderado por Fernando e Jean de Valois. Ali, sobra vontade de trabalhar, mas falta maturidade. É impossível estabelecer diálogo e mesmo internamente, seus cidadãos não se entendem. A atividade de Monte Real hoje não é considerada por Esparta micronacionalismo de fato. O Príncipe de Monte Real, Eduardo de Lagrenge, que seria o 1º Imperador de Pacífica, parece ter abandonado o projeto.
Exposição de motivos
Esparta nasceu pungente, realmente democrática e com participação efetiva de uma população real e dedicada ao projeto. Esparta manteve-se regularmente ativa nos últimos meses, construindo suas bases vagarosamente sobre debates. Esparta goza de certo respeito e já possui diálogo informal – ainda não iniciamos nossos trabalhos na política externa – com diversas micronações. Esparta vem formando novos micronacionalistas com enorme dedicação para esses que serão os nomes do futuro de, quem sabe, até mesmo outras micronações. Não vemos nada parecido em nenhum outro Estado Membro de Pacífica.
Escolhida a nossa linha mestra para a política externa, não encontramos em nenhum outro Estado Membro os requisitos mínimos para o reconhecimento dos mesmos como nações soberanas. Os outros Estados Membros não compartilham da visão espartana para o micronacionalismo, calcada no fazer micronacional sério, que se afasta e repudia o conceito de “lista de amigos”.
Embora já tenha sido cogitado e oferecido publicamente a cidadãos de Esparta, o trono imperial não nos interessa, uma vez que, na nossa visão de micronacionalismo, o mesmo simplesmente não existe. Esparta não quer mais ser responsável pela fomentação da atividade da União, redação de suas leis e decretos e única fonte de mão de obra efetiva, com resultados aparentes. Estamos muito ocupados com a construção da Polis Espartana para dividir nossa atividade.
Conclusão e a decisão final de Esparta
Esparta é livre. O documento que fundou o que viria a ser o Império de Pacífica deixou claro e límpido que todos os Estados permaneceriam em Pacífica enquanto a União lhe fosse proveitosa. Nossa soberania jamais foi contestada e não poderia ser. O Império de Pacífica nem mesmo chegou a existir de fato, uma vez que jamais houve um imperador.
Durante a semana que termina hoje, Esparta votou pela permanência ou saída formal do Império de Pacífica, também chamado de “a União”. Através de voto direto, 100% da população espartana votou pela retirada de Esparta. Por isso, anunciamos oficialmente e formalmente a todo o micromundo que, a partir de hoje, 28 de setembro de 2008, é a vontade do povo de Esparta declarar que:
Decreto Ancestral de Regência Pública nº 04/08 – 4º ano da 696ª Olimpíada
1ª Determinação
A Diarquia Democrática de Esparta retira-se permanentemente do Império de Pacífica, retirando seus representantes do Conselho de Cavaleiros.
2ª Determinação
A Diarquia Democrática de Esparta é uma micronação livre, não pertencendo a nenhuma liga, confederação, federação ou união, sendo única responsável por seus atos internos e externos.
3ª Determinação
A partir de hoje, das três micronações que continuam formando o Império de Pacífica, serão tratadas como soberanas aquelas que reconhecidamente preencherem os requisitos mínimos para o nosso reconhecimento.
Aos que ficam, desejamos sorte e a sabedoria de reconhecer a hora de suspender os planos que se mostraram infrutíferos. Aproveitamos para declarar as portas de Esparta abertas para aqueles que foram nos últimos meses os estrangeiros mais próximos de Esparta, embora seja importante lembrar que a aceitação de postulantes à cidadania espartana segue padrões estabelecidos pela cultura espartana, e um pedido de cidadania nem sempre significa tornar-se cidadão de fato.
No 28° dia de setembro de 2008,
Em Zeus,
O POVO DE ESPARTA representado por
Mariano de Ágide
Orador da Ápella Ancestral
Éforo da Ordem