Em março de 2024, iniciaram-se os primeiros movimentos para estabelecer os fundamentos do Projeto Resgate do Léthê. Descobrimos, com pesar, que inúmeras perdas históricas ocorreram durante o último período de inatividade: o encerramento do Yahoo Groups, em 2019, apagou para sempre uma parte significativa da produção e da história da Ágora-Esparta, onde concentramos nossa atividade por muitos anos. A partir disso, o resgate e o registro desse legado que, ainda que de bem poucos, tornaram-se ainda mais necessários, por marcar profundamente a vida dos que passaram pela Cidade-Estado.
Mas há caminhos. Pesquisas mais profundas em sites que guardam registros de páginas na rede nos ajudaram a encontrar o nosso primeiro site, de 2008, na plataforma Ning. E-mails antigos que permaneceram logados nas listas do Yahoo e do Google até que deixassem de funcionar também serviram como um subsídio valoroso. Conseguimos avançar e começamos a registrar nossa história, agora organizada em quatro eras. Aos poucos, reencontramos nosso caminho, acompanhados por uma produção micronacional mais contemporânea.
A pesquisa histórica, o resgate e a modernização do projeto integram o Resgate do Léthê, um trabalho sem data para conclusão. Ele será desenvolvido aos poucos, mas será realizado. Não apenas pelo projeto micronacional – que uma vez resgatado, pode expandir -, mas também por Khesia, Sales, Bjokzuc, Diógenes, Douglas, Sogdu, Rabelo, Lazaro, Novaes, Carolin, Victorius, Otávio, Mariano e todos que ajudaram a construir o espaço que foi nossa casa no micronacionalismo, nossa interface com o hobby em algum momento da vida.
Não é pouco: ao longo dos nossos períodos de atividade, fizemos grandes amizades no micromundo. As atividades que promovemos, os conteúdos produzidos se somam na amálgama do que somos hoje. O príncipe D. de Europôntide, hoje com 9 anos, filho biológico da Rainha K. de Euripôntide – atualmente afastada do trono – nasceu de um casamento macronacional que começou em Esparta, durante seu período de Cantão pasárgado.
Movidos pela consciência da importância dessa história e do espaço criado pela experiência micropatriológica, seguimos empenhados em recuperar tudo o que for possível de nosso legado. É o momento de lançar as redes e pescar do Léthê aquilo que ainda pode ser resgatado. Este é um tempo de memória.”